Sem dúvida um dos mais potentes elementos da liderança de
Paulo foi sua capacidade de comunicar a verdade divina com poder e de modo
convincente. Os lideres mais populares possuem esta capacidade.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Adolf Hitler e Winston
Churchill foram às figuras mais destacadas. Os pronunciamentos de Hitler jamais
foram dignos de nota, mas ele acertou ao afirmar: “A força que põe em movimento as maiores avalanches de poder na política
e na religião tem sido desde o começo dos tempos a magia da palavra”. Seus
próprios discursos frenéticos provam seu ponto de vista.
Por outro lado, Winston Churchill galvanizou o mundo livre,
levando-o à ação, tanto por seus discursos medidos, intrépidos, inspiradores em
momentos decisivos, como por seus grandes dons políticos e militares.
Paulo foi essencialmente pregador, um arauto inflamado das
Boas Novas. Se a pregação é medida pelos resultados que ela alcança, então
Paulo foi pregador por excelência. Ele merece o direito de exortar a Timóteo: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno
quer não”, 2 Tm 4.2.
Mas ele não reivindicou poderes humanos superiores de
oratória: “Eu, irmãos, quando fui ter
convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem,
ou de sabedoria”, 1Co 2.1. Sua confiança estava no Espírito Santo, e não
nas forças da persuasão humana: “A minha
palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de
sabedoria, mas em demonstração do Espírito de poder”, 1Co 2.4.
De acordo com sua flexibilidade mental, seu método de
comunicação adaptava-se ao momento.
Às vezes o método de Paulo era polêmico. Ele satisfazia a
razão dos ouvintes apresentando provas indiscutíveis: “Saulo, porém, mais e mais se fortalecia e confundia os judeus que
moravam em Damasco, demonstrando que Jesus é o Cristo”, At 9.22. Ele não
adotava táticas evasivas quando confrontado com um argumento difícil, nem era
ele um intelectual que tinha medo de defender suas crenças. Seu púlpito não era
castelo de nenhum covarde.
Sua apresentação da verdade era cuidadosamente arrazoada: “Por isso dissertava na sinagoga entre os
judeus e os gentios piedosos; também na praça todos os dias, entre os que se
encontravam ali”, At 17.17.
Seu objetivo não era meramente ganhar a discussão, mas
conquistar seus oponentes.