“Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não
a dou como o mundo a dá. Não se perturbem os seus corações, nem tenham medo”
(João 14.27).
Quando Jesus entregou esta mensagem aos
discípulos, bem sabia que Seu sacrifício na cruz do calvário estava próximo
(João 12.7,23,24,27), e que, logo seus discípulos estariam a “sós” em um mundo
caótico de intolerância e violenta perseguição religiosa (João 15.17-21 e
17.14-16).
Jesus
sabia também que, seus discípulos tinham uma mentalidade influenciada pela cultura
social-religiosa de sua época, então lhes trouxe um ensinamento a respeito da
“paz”, que mudaria não só o conceito que os discípulos tinham a respeito desta,
mas também de todo o mundo!
Em João 14.27, é muito clara a distinção que
Jesus faz da paz que Ele nos dá, e a paz que o mundo nos oferece. Mas, porque esta distinção?
Para os gregos-helenistas do primeiro século,
“paz” (no grego “Eirene”) tinha um significado tanto equivocado: era sinônimo de
ausência de guerras, doenças, problemas gerais, aflições, angustias,
preocupações, etc.
E ainda hoje isso não mudou, o homem do século XXI ainda alimenta esta mesma concepção sobre a paz. Quantos em busca da paz, tentando fugir da violência e barulho das
cidades grandes, não se mudam para o interior. Mas, logo descobre que a paz não
é limitada a geografia, pois, onde há ser humano, há também violência e
barulho!
Quantos outros em busca de paz interior, buscam
uma fuga nos vícios, prazeres passageiros, das drogas, cigarros, bebidas e
promiscuidade?
Mas, também descobrem que
essa paz, tão acessível neste mundo, cobra um alto preço: as drogas levam a
overdose, morte, e perca de controle sobre si mesmo; o cigarro leva a
impotência, além do câncer e inúmeras outras doenças; a bebida leva a cirrose e
a promiscuidade, quase sempre traz uma gravidez indesejada, ou há uma doença
sexualmente transmissível, entre elas a AIDS!
A paz que o mundo nos oferece é assim, sempre tem
um preço muito a ser cobrado para aqueles que se enveredam no caminho da fuga,
nos prazeres passageiros e efêmeros!
Jesus trouxe um ensino que deu não só aos
discípulos, mas também a todo o mundo, uma nova compreensão do real significado
da paz!
Em João (16.33), Ele disse: "Eu
lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês
terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo".
Nesta passagem Jesus nos deixou uma lição
profunda sobre a paz. Nos ensinou que
independente das circunstâncias da vida, seja em meio às guerras, as doenças,
problemas em geral, preocupações e aflições, podemos sim ter paz!
Aflição no grego (“thlipsis”) tem um amplo significado, significa: pressão, opressão, angústia,
estress, tribulação, adversidade, espremer, esmagar, apertar.
A paz que Senhor nos dá nos faz descansar,
esperar e confiar em Deus. Faz com que
aquele que deposita sua fé em Jesus descanse e confie, crendo que O mesmo esta
no controle de nossas vidas, e que no fim, tudo contribuíra para nosso bem (Atos
16.9-40; Romanos 8.28,31-39; 2 Coríntios 4.8,9,16-18), e que, mesmo vivenciando tantas circunstâncias
ruins nesta vida, podemos ter paz!
Aprendemos então que paz acima de tudo é um
estado de espírito, e que podemos tê-la independente das circunstancias da
vida. É uma consciência de que em Jesus
estamos seguros, pois, Nele, temos ânimo e vitória!
Isaías o profetizou o Senhor Jesus como “O
PRÍNCIPE DA PAZ” (Isaías 8.6): “Porque um menino nos nasceu, um filho nos
foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso
Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz”.
Em outra profecia messiânica a respeito do
Senhor ainda declarou (Isaías 53.5): “Mas ele foi transpassado por causa das
nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniqüidades; O CASTIGO
QUE NOS TROUXE PAZ estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados”!
Os discípulos, muito antes deste ensinamento, tiverem uma grande
lição de paz em meio há uma grande tempestade, onde cansados de tentarem
vencerem pela força de seu braço, clamaram desesperados por socorro ao Senhor
Jesus, que dormia tranquilamente na popa do barco (Marcos 4.35-41):
“Naquele dia, ao anoitecer, disse ele aos seus
discípulos: "Vamos atravessar para o outro lado". Deixando a multidão, eles o levaram no barco, assim
como estava. Outros barcos também o acompanhavam. Levantou-se um forte vendaval, e as ondas se lançavam
sobre o barco, de forma que este foi se enchendo de água. Jesus estava na popa, dormindo com a cabeça sobre um
travesseiro. Os discípulos o acordaram e clamaram: "Mestre, não te
importas que morramos? " Ele se
levantou, repreendeu o vento e disse ao mar: "Aquiete-se! Acalme-se!
" O vento se aquietou, e fez-se completa bonança. Então perguntou aos seus discípulos: "Por que
vocês estão com tanto medo? Ainda não têm fé? "Eles estavam apavorados e
perguntavam uns aos outros: ‘Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem’?”
O apóstolo Paulo bem conhecia essa paz que recebera do Senhor
Jesus, se referindo a ela como “uma paz que excede todo o entendimento”
(Filipenses 4.4-7): “Alegrem-se
sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se! Seja a amabilidade de vocês
conhecida por todos. Perto está o Senhor. Não andem
ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de
graças, apresentem seus pedidos a Deus.
E a PAZ de Deus, que EXCEDE TODO O
ENTENDIMENTO, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus”. Ainda nesta mesma epístola declarou (Filipenses
4.11-13): “Não estou dizendo isso porque esteja necessitado, pois aprendi a
adaptar-me a toda e qualquer circunstância. Sei
o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de
viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome,
tendo muito, ou passando necessidade.
Tudo posso naquele que me fortalece”.
Você que
esta cansado das aflições da vida, tem lutado sem alcançar nenhum êxito, tem
procurado a tão almejada paz neste mundo de ilusão, e nada tem encontrado há
não ser aflições, angústias, decepções e mais problemas... Para você o Senhor Jesus fez um convite
especial (Mateus 11.28-29): “Venham a mim, todos os que estão cansados e
sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem
sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração,
e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve".
Receber esta paz que Jesus nos dá gratuitamente é
fácil, esta descrita em Romanos (10.8-13): “Mas o que ela diz? "A
palavra está perto de você; está em sua boca e em seu coração", isto é, a
palavra da fé que estamos proclamando: Se
você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus
o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Pois com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa para
salvação. Como diz a Escritura: "Todo
o que nele confia jamais será envergonhado". Não há diferença entre judeus e gentios, pois o mesmo
Senhor é Senhor de todos e abençoa ricamente todos os que o invocam,
porque "todo aquele que invocar o nome do
Senhor será salvo".
Declarar ao Senhor Jesus
como único e suficiente salvador, não é aderir há um sistema religioso, e sim
aceitar Seu sacrifício por nós na cruz do calvário, para nos salvar!
Por Elton S.Pereira
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