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Estátua do Profeta Habacuque |
O conflito e triunfo final da fé
Isto quer dizer que, por mais horrível e
tenebroso que se apresente o futuro e por mais triunfante que pareça o mal, o
justo não deve julgar pelas aparências, mas sim pela Palavra de Deus.
Embora
os ímpios vivam e prosperem nas suas impiedades e os justos sofram, estes
últimos devem viver uma vida de fidelidade e confiança com Deus, ou seja, pela
fé. O profeta muito aprendeu com esta lição, porque, embora sua profecia comece
com mistérios, perguntas e dúvidas, termina com certeza e afirmações de fé, o
qual, se resume da seguinte maneira: o
conflito e triunfo final da fé.
Autor
Praticamente nada se sabe a respeito de
Habacuque, a não ser, o que se pode deduzir de tradições contraditórias. De 3. 1,19, conclui-se que era levita e
participava da música no templo. Como
Naum predisse a destruição da nação Assíria e Obadias a de Edom, assim
Habacuque profetizou a queda do império Caldeu.
Sendo que ele fala do poder crescente da última nação mencionada, e da
iminência da sua invasão de Judá, conclui-se que Habacuque profetizou durante
os reinados de Jeoacaz (rei de Judá,
II Reis 23. 31, chamado Salum,
Jeremias 22. 11) e Jeoaquim (II Reis 23. 34; 23. 36 a 24. 17).
I.
O conflito da fé
(Caps. 1, 2).
II.
O triunfo da fé (Cap.
3).
I.
O conflito da fé
(Caps. 1, 2)
- O Primeiro conflito de Habacuque (1. 1 ao 14). O profeta vê a impiedade e a violência por todos os lados; a lei violada e os justos perseguidos. Clama ao Senhor para que castigue Judá por causa desta condição, mas aparentemente o seu clamor não é ouvido. Ele formula a sua inquietação nestas palavras: “Até quando, Senhor, clamarei eu e Tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não me salvarás?”
- A primeira resposta de Deus (1. 5 ao 11). Embora algumas vezes, pareça que Deus
mantenha silêncio e seja indiferente, no entanto, está agindo. No tempo próprio castigará ao ímpio
Judá, usando os terríveis Caldeus como seus agentes.
- O segundo conflito do profeta (1. 12 – 2.1). O primeiro problema está respondido
trazendo solução; Deus punirá os malfeitores de Sião, trazendo sobre eles
os ferozes Caldeus. Mas esta
solução sugere outro problema para Habacuque. Vendo o orgulho, a falsa confiança e o
poder destrutivo dos invasores, ele não consegue compreender por que Deus
castigaria seu povo por meio de uma nação ainda menos justa do que a sua
(1. 13). Muito embora o Senhor
tenha ordenado aos Caldeus que castiguem o sei povo (1. 12), será que é a
vontade Dele, que é puro demais para contemplar a iniqüidade (v. 13), que
essa nação humilhe Judá tão desapiedadamente quanto as outras nações? (vv.
14 ao 17).
- A segunda resposta de Deus (2. 2 ao 5). Muito embora os Caldeus tivessem sido
ordenados por Deus para executar o juízo sobre Judá, no seu orgulho
arrogante excederam, todavia, todavia, à sua missão (2. 4ª). Muito embora os ímpios, representados
pelos Caldeus, prosperem na sua iniqüidade, e sofram os justos, estes
últimos têm de viver por meio de uma vida de fidelidade a Deus, uma vida
inspirada pela fé nas suas promessas e Sua justiça (2. 4b). Embora Deus usasse os Caldeus como
flagelo sobre o seu povo, não ficariam, contudo, impunes (vv. 5 ao 20). O profeta há de escrever a profecia da
derrota final dos Caldeus e colocá-la onde todos poderão lê-la (2. 2). Muito embora o cumprimento da Palavra de
Deus possa retardar-se, os justos têm de esperá-lo pacientemente,
confiando em Deus e na Sua promessa (2. 3).
- No princípio, o profeta indaga por quer Deus
parecia dilatar o juízo sobre os ímpios dentre seu povo (1. 2,3). Agora, tendo ouvido a sentença do
Senhor, teme e ora para que Ele repita, a favor de seu povo, Sua obra de libertação como antigamente,
e que se recorde da Sua misericórdia em meio ao castigo (3. 1,2).
- Ele apresenta um quadro vivo do procedimento de
Deus, nos dias passados, para salvar o seu povo, dando a entender que a
Sua misericórdia anterior para com Israel seja uma garantia da Sua
misericórdia para com eles (vv. 3 ao 16).
- Habacuque aprendeu a lição de fé. Sejam quais forem as circunstâncias dele
ou de seu povo; por mais horrível, tenebroso e sem esperança que seja o
futuro, ele regozijar-se-á no Senhor, no Deus da sua salvação (vv. 17 ao
19).
Habacuque 2.4; Romanos 1.17; Gálatas 3.11;
Hebreus 10.38
Quando o Espírito de Deus repete com freqüência
uma mensagem, esta apelando, para que tenhamos especial atenção naquilo que
está nos dizendo ou ensinando.
Uma doutrina declarada com tanta freqüência
deve ser de primeira importância. Uma
doutrina declarada com tanta freqüência deve ser pregada constantemente. Uma doutrina declarada com tanta freqüência
significa que, cada um dos ouvintes, deve dar especial atenção, e recebê-la sem
a menor hesitação.
Aquele que é perdoado e vivificado pelo
sangue de Jesus vive daí em diante exclusivamente pela fé. Vive pela fé, em todas as condições. Na alegria e na tristeza; na riqueza e na
pobreza; na força e na fraqueza; no labor ou no abatimento; na vida ou na
morte. Vive melhor quando a fé está em melhor
condição, muito embora, em outros aspectos, possa ser severamente provado.
Ao ler a declaração sobra a fé, no livro de
Hebreus (11.1,6), ao qual, nos mostra a vida, a atitude e postura dos heróis
bíblicos baseada na fé, e, ao estudarmos o significado da palavra fé,
alcançamos maior compreensão sobre o que Deus quer nos dizer.
Ora, a fé é o firme fundamento das coisas
que se esperam e a prova das coisas que se não vêem (Revista e Corrigida).
A fé é a certeza daquilo que esperamos e a
prova das coisas que não vemos (N.V.I.).
Ora, sem fé é impossível agradar a Deus,
porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e,
e que, É galardoador dos que o Buscam (Revista e Corrigida).
Sem fé é impossível agradar a Deus, pois,
quem Dele se aproxima precisar crer que Ele existe, e que, recompensa aqueles
que o Buscam (N.V.I.).
Fé
Nos textos originais encontram-se duas
palavras no grego, a primeira é “pistis”, seu principal significado é
a convicção concernente a Deus e Sua Palavra e o relacionamento do crente com
Ele.
A segunda é “pistos”, ao qual, tem seu
significado no sentido ativo, exemplo: São crentes em Deus, ou, credes em Deus.
Também significa: leal, fiel fidelidade,
fidedigno, afirmar com segurança ou certeza, firmeza na execução de uma
promessa ou compromisso, convicção fundamentada no ouvir, confiança, crença, ou
seja, fé é crer!
No primeiro texto (Habacuque 2. 4) apresenta
a fé como algo que capacita o homem a viver em paz e humildade, conquanto a
promessa ainda não tenha chegado a se cumprir.
Enquanto esperamos vivemos pela fé.
Desse modo, somos capazes de resistir em face dos triunfos temporais dos
maus. Somos reservados da impaciência
orgulhosa em face da demora.
O segundo texto (Romanos 1. 17) apresenta
a fé como algo que opera a salvação do mal que há no mundo, mediante a lascívia
(sensualidade, algo que nos desvia atenção através dos desejos). Esta passagem nos apresenta terrível visão da
natureza humana, e significa que somente a fé na Palavra de Deus pode
trazer-nos esclarecimentos espirituais, no que concerne ao verdadeiro Deus
(Romanos 1. 19 ao 23).
Nosso terceiro texto (Gálatas 3. 11) apresenta
a fé como o principal agente que nos traz justificação, que nos salva da
sentença de morte, mostrando-nos com clareza que ninguém é justificado diante
de Deus pelas suas próprias obras, mas, exclusivamente pela fé em Deus (Efésios
2. 8,9).
Já o quarto texto (Hebreus 10. 38) apresenta
a fé como a perseverança determinada, firme e inabalável diante das aflições da
vida a espera de uma promessa, e também na espera da volta do Senhor, na
esperança de uma vida ao Seu lado no céu.
Mostra-nos que a ausência de fé nos leva a retroceder.
Há necessidade de fé, enquanto aguardamos o
céu (Hebreus 10.32 ao 36), pois, a ausência da mesma seria um indicio fatal.
Esse retrocesso jamais pode ocorrer, pois, a fé salva a alma de todos os
riscos, mantendo seus olhos voltados até o fim para o céu.
De
que outros modos podem ser aceitos por Deus?
Em
que base podeis desculpar vossa descrença em vosso Deus?
Perecereis,
antes de crerdes Nele?
No Talmude (doutrina e jurisprudência da
lei mosaica) os judeus têm essa declaração: “Toda a lei foi dada por Moisés, no
Sinai, em seiscentos e treze preceitos”.
Davi, no Salmo 15, os reduz a onze.
Isaías os reduz a seis (33.15).
Miquéias, a três (6.8). Isaías
novamente reduz a dois (5.6). Habacuque,
a este: “O justo viverá pela fé”.
A alma é a vida do corpo. A fé é a vida da
alma. Cristo é a vida da fé.
Crer em Deus não é coisa de somenos; é o
indício de um coração reconciliado com Deus, e o sinal da verdadeira
espiritualidade. É a essência da
verdadeira adoração, e a raiz da obediência sincera. Aquele que crê em Deus, a despeito de seus
pecados, presta-Lhe maior honra do que querubins e serafins, em sua contínua
adoração.
Pequena coisa é a fé! Como é, então, que a descrença é crime tão
grande que está marcada para a reprovação, como mal condenatório, que exclui os
homens do céu? Seja lá o que for que
ponhas em segundo lugar, dá a fé à primazia.
Ela não é coisa vã, pois é a tua vida.
O justo viverá pela sua fé!
Por Elton S Pereira
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