Eu me
pergunto: Será que uma “oração contrária”
realmente tem essa eficácia? Será que
uma oração contrária, movida pela inveja, insensatez, falta de conhecimento das Escrituras ou mesmo por um sentimento
maligno, tenha tal poder de influenciar e/ou afetar a vida de alguém?
Mediante as
Escrituras Sagradas quero mostrar que esta crendice evangélica não só é absurda, como
também não encontra nenhum respaldo nas Escrituras Sagradas.
É no livro de
Números (capítulos 21.10-35; 22; 23 e 24), que onde a “teoria da oração contrária é desmistificada”. Nesta passagem das Escrituras os israelitas
em sua jornada pelo deserto passam pelas terras de Moabe e Basã, na ocasião,
Moisés enviou mensageiro a Seom, reis dos amorreus, para pedir permissão para que
os israelitas pudessem passar por suas terras em paz, sem usufruírem de nada.
Porém, Seom não o permitiu que o povo israelita passasse por suas terras. Ao
invés disso saiu com um exercito para pelejar contra Israel, o qual, sendo
derrotado. O mesmo sucedeu em Basã, com o rei Ogue (Nm 21.10-35). Após estas
vitórias Israel seguiu adiante acampando nas campinas de Moabe próximo a
Jericó. Balaque, rei dos moabitas, tendo notícias do que havia acontecido com
estes reis (Seom e Ogue) se angustiou, temendo que o mesmo acontecesse às suas
terras. Após consultar os anciãos dos midianitas, decidiu enviar mensageiros a
Balaão (que vivia junto de seu povo, Nm 22.5) dizendo:
- “Os israelitas partiram e acamparam nas campinas de Moabe, para além do Jordão, perto de Jericó.
Balaque, filho de Zipor, viu tudo o que Israel tinha feito aos amorreus,
e Moabe teve muito medo do povo, porque era muita gente. Moabe teve pavor dos israelitas.
Então os moabitas disseram aos líderes de Midiã: "Essa multidão devorará tudo o que há ao nosso redor, como o boi devora o capim do pasto". Balaque, filho de Zipor, rei de Moabe naquela época,
enviou mensageiros para chamar Balaão, filho de Beor, que estava em Petor, perto do Rio, em sua terra natal. A mensagem de Balaque dizia: "Um povo que saiu do Egito cobre a face da terra e se estabeleceu perto de mim.
Venha agora lançar uma maldição contra ele, pois é forte demais para mim. Talvez então eu tenha condições de derrotá-lo e de expulsá-lo da terra. Pois sei que quem você abençoa é abençoado, e quem você amaldiçoa é amaldiçoado".
Os líderes de Moabe e os de Midiã partiram, levando consigo o preço para os encantamentos mágicos. Quando chegaram, comunicaram a Balaão o que Balaque tinha dito.
Disse-lhes Balaão: "Passem a noite aqui, e eu lhes trarei a resposta que o Senhor me der". E os líderes moabitas ficaram com ele.
Deus veio a Balaão e lhe perguntou: "Quem são esses homens que estão com você? "
Balaão respondeu a Deus: "Balaque, filho de Zipor, rei de Moabe, enviou-me esta mensagem:
‘Um povo que saiu do Egito cobre a face da terra. Venha agora lançar uma maldição contra ele. Talvez então eu tenha condições de derrotá-lo e de expulsá-lo’ ".
Mas Deus disse a Balaão: "Não vá com eles. Você não poderá amaldiçoar este povo, porque é povo abençoado".
Na manhã seguinte Balaão se levantou e disse aos líderes de Balaque: "Voltem para a sua terra, pois o Senhor não permitiu que eu os acompanhe".
Os líderes moabitas voltaram a Balaque e lhe disseram: "Balaão recusou-se a acompanhar-nos".
Balaque enviou outros líderes, em maior número e mais importantes do que os primeiros.
Eles foram a Balaão e lhe disseram: "Assim diz Balaque, filho de Zipor: Que nada o impeça de vir a mim,
porque o recompensarei generosamente e farei tudo o que você me disser. Venha, por favor, e lance para mim uma maldição contra este povo".
Balaão, porém, respondeu aos conselheiros de Balaque: "Mesmo que Balaque me desse o seu palácio cheio de prata e de ouro, eu não poderia fazer coisa alguma, grande ou pequena, que vá além da ordem do Senhor meu Deus.” (Nm 22.1-18 - NVI).
Balaque, filho de Zipor, viu tudo o que Israel tinha feito aos amorreus,
e Moabe teve muito medo do povo, porque era muita gente. Moabe teve pavor dos israelitas.
Então os moabitas disseram aos líderes de Midiã: "Essa multidão devorará tudo o que há ao nosso redor, como o boi devora o capim do pasto". Balaque, filho de Zipor, rei de Moabe naquela época,
enviou mensageiros para chamar Balaão, filho de Beor, que estava em Petor, perto do Rio, em sua terra natal. A mensagem de Balaque dizia: "Um povo que saiu do Egito cobre a face da terra e se estabeleceu perto de mim.
Venha agora lançar uma maldição contra ele, pois é forte demais para mim. Talvez então eu tenha condições de derrotá-lo e de expulsá-lo da terra. Pois sei que quem você abençoa é abençoado, e quem você amaldiçoa é amaldiçoado".
Os líderes de Moabe e os de Midiã partiram, levando consigo o preço para os encantamentos mágicos. Quando chegaram, comunicaram a Balaão o que Balaque tinha dito.
Disse-lhes Balaão: "Passem a noite aqui, e eu lhes trarei a resposta que o Senhor me der". E os líderes moabitas ficaram com ele.
Deus veio a Balaão e lhe perguntou: "Quem são esses homens que estão com você? "
Balaão respondeu a Deus: "Balaque, filho de Zipor, rei de Moabe, enviou-me esta mensagem:
‘Um povo que saiu do Egito cobre a face da terra. Venha agora lançar uma maldição contra ele. Talvez então eu tenha condições de derrotá-lo e de expulsá-lo’ ".
Mas Deus disse a Balaão: "Não vá com eles. Você não poderá amaldiçoar este povo, porque é povo abençoado".
Na manhã seguinte Balaão se levantou e disse aos líderes de Balaque: "Voltem para a sua terra, pois o Senhor não permitiu que eu os acompanhe".
Os líderes moabitas voltaram a Balaque e lhe disseram: "Balaão recusou-se a acompanhar-nos".
Balaque enviou outros líderes, em maior número e mais importantes do que os primeiros.
Eles foram a Balaão e lhe disseram: "Assim diz Balaque, filho de Zipor: Que nada o impeça de vir a mim,
porque o recompensarei generosamente e farei tudo o que você me disser. Venha, por favor, e lance para mim uma maldição contra este povo".
Balaão, porém, respondeu aos conselheiros de Balaque: "Mesmo que Balaque me desse o seu palácio cheio de prata e de ouro, eu não poderia fazer coisa alguma, grande ou pequena, que vá além da ordem do Senhor meu Deus.” (Nm 22.1-18 - NVI).
Interessante é que Deus se manifesta a Balaão, pergunta quem
eram os homens que estavam com ele (testando o seu coração, pois Deus
certamente sabia quem eram tais homens), Balaão explica e logo recebe uma
resposta de Deus:
- “Mas Deus disse a Balaão: "Não vá com eles. Você não poderá amaldiçoar este povo, porque é povo abençoado." (Nm 22.12)
A resposta de Balaão a insistência de Balaque através de seus
mensageiros é clara:
- “Como posso amaldiçoar a quem Deus não amaldiçoou? Como posso pronunciar ameaças quem o Senhor não quis ameaçar?" (Nm 23.8)
Esta muito clara nesta passagem das Escrituras que
independente do “trabalho” que Balaão fizesse, não mudaria em nada a decisão de
Deus em abençoar Seu povo!
Pode alguém amaldiçoar o que Deus abençoou? Se Deus declarar
uma única vez que você é abençoado, você é abençoado e ponto final. Ainda que
milhares de homens declarem milhares de vezes palavras de maldição contra sua
vida, será inútil, pois nada irá mudar uma única declaração de Deus a seu
respeito!
Pode alguém dizer: “Nós
não somos israelitas, por isso esta passagem não se encaixa a nós!” Eu
responderei então: “Somos descendentes de Abraão", e sendo assim, estamos
debaixo da promessa que o próprio Senhor lhe fez: “...e por meio de você todos os povos da terra serão
abençoados” (Gn 12.3; 26.4; 28.14).”
E
explico: Foi através da descendência de Abraão que se cumpriu o plano divino de
enviar o Messias, o Cristo, o Salvador (Mt 1.1,2-17). Esta promessa que Deus
fez a Abraão (Gn 12.3), Isaque (Gn 26.4) e Jacó (Gn 28.14), não são para “todos”, no sentido geral, pois, esta promessa
esta relacionada diretamente a “todos”
que entregam suas vidas ao Senhor Jesus, o confessando como único e suficiente
salvador (Rm 10.8-13; Lc 1.50 e 55; Mt 1.21; 4.16).
A herança desta promessa que Deus fez
para a descendência de Abrão é para “todos”
aqueles que servem ao Senhor Jesus. É
através do Senhor Jesus que todas as nações são alcançadas pelo Seu Evangelho e
assim, são abençoadas, porque está escrito: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os
homens”, isso através do sacrifício do Senhor Jesus na cruz do calvário (Tt
1.12)!
Entendo que os cristãos são herdeiros
desta promessa, e sendo assim são abençoados, como pode então, uma “oração contrária” ser mais poderosa que
uma declaração de Deus?
Por várias vezes fui questionado sobre
este assunto, e quando dou esta mesma resposta, e geralmente escuto a seguinte
tese: “Mas, não é Deus quem escuta a
oração contrária, e sim o Diabo e seus demônios!”
E quem disse que o Diabo e seus demônios
precisam “escutar uma oração contrária”
para desgraçar a vida de alguém? Estes agem
por contra própria, escravizando e destruindo a vida de qualquer um que vive
segundo o curso deste mundo e distante de Deus (Ef 2.1-7)!
AS
PESSOAS NÃO SÃO ATINGIDAS POR ORAÇÕES CONTRÁRIAS, MAS SIM PELAS CONSEQÜÊNCIAS
DE SUAS ESCOLHAS!
No livro de Tiago está escrito: “Quando alguém for tentado, jamais deverá dizer: "Estou sendo tentado por Deus". Pois Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta.
Cada um, porém, é tentado pela própria cobiça, sendo por esta arrastado e seduzido.
Então a cobiça, tendo engravidado, dá à luz o pecado; e o pecado, após ter-se consumado, gera a morte.
Meus amados irmãos, não se deixem enganar." (Tg 1.13-16 – Versão NVI)
Cada um, porém, é tentado pela própria cobiça, sendo por esta arrastado e seduzido.
Então a cobiça, tendo engravidado, dá à luz o pecado; e o pecado, após ter-se consumado, gera a morte.
Meus amados irmãos, não se deixem enganar." (Tg 1.13-16 – Versão NVI)
Outro exemplo a ser considerado é a
questão do “perdão”. Se o rancor de alguém pudesse nos fazer mal,
certamente muita gente estaria morta, pois são poucos os que conhecem a
disciplina do perdão!
Há uma frase
muito interessante de William Shakespeare que diz: “Guardar ressentimento é
como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra”.
O rancor só faz mal a quem o guarda.
Isso é provado cientificamente, e é descrito pelo Doutor Fred Luskin em seu livro intitulado “O Poder do Perdão - Guardar rancor faz mal a saúde”.
O desejo de vingança que o rancor pode
criar não afeta de maneira alguma a vida de alguém. Muito menos as palavras de
maldição que uma pessoa rancorosa pode declarar, pode assim influenciar de
alguma forma a vida alheia. O mal só influencia e afeta a vida de quem se
deixar dominar por este sentimento!
Assim também como o conhecido “mau
olhado”, a “inveja”, a “macumba” ou a “feitiçaria”, nada disso pode afetar a
vida do cristão, pois está escrito: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não está
no pecado; aquele que nasceu de Deus O PROTEGE, E O MALIGNO NÃO O ATINGE." (1Jo 5.18)
Resumindo:
O mal não atinge alguém através da
oração contraria de qualquer outra pessoa. Muito pelo contrário, o mal só pode nos
atingir uma pessoa, se esta voluntariamente escolhermos errar, praticar o mal contra seu próximo (ou contra si mesmo). Pois, para cada
escolha há uma conseqüência. E o maligno
certamente se aproveitará disso para então agir!
Que a mensagem do Apóstolo Pedro seja
levada a sério: “Sejam sóbrios e vigiem. O diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar." (1Pe 5.8)
Por Elton S Pereira
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