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Caminho de Emaús |
Esta registrada no Evangelho segundo Lucas que após a ressurreição do
Senhor Jesus, dois discípulos se dirigiam desconsolados para Emaús, pequena
aldeia que distanciava cerca de 10.800 km de Jerusalém.
Na ocasião, enquanto caminhavam os dois discípulos, Jesus se aproximou de
ambos e começou a acompanhá-los, e após ouvi-los conversando sobre os
acontecimentos recentes (à crucificação e morte do Senhor), começou a dialogar
com os mesmos, lhes mostrando nas Escrituras (desde Moisés até os profetas),
que tudo o que ocorreu não foi conseqüência de um conluio, desqualificando assim
Jesus como o Messias tão aguardado por Israel. Muito pelo contrário, o Senhor
Jesus mostrou-lhes que todos os acontecimentos eram do propósito divino, um
plano de redenção para salvar o pecador, formulado desde a fundação do mundo[1],
anunciado por vários séculos, anteriormente, descrevendo que o Cristo deveria
padecesser, sendo rejeitado pelo Seu povo e morto, para que entrasse em Sua
Glória[2].
Jesus mostrou aos dois discípulos nas Escrituras, descrevendo que tudo o
que havia acontecido dias anteriores era o cumprimento necessário das
Escrituras Sagradas. Estes dois
discípulos efetivamente ouviram um dos maiores sermões que alguém poderia
desejar repleto de teologia bíblica do Velho Testamento. Tendo aquecido seus corações e curando-os das
dúvidas de incredulidade a Seu respeito.
Nesta passagem do Evangelho segundo Lucas, é citado apenas o nome de um
dos dois discípulos, o qual é “Cleópas”. Cleópas é citado somente no Evangelho de
Lucas, no capítulo 24, versículo 18.
Segundo alguns estudiosos, Cleópas era o próprio médico Lucas, autor do
mesmo Evangelho. Tal declaração não
encontra nenhuma referência em todo o Novo Testamento, mas, ao contrário, há
muitas evidências, tanto nas Escrituras Sagradas como em fontes seculares, que
nos mostram que tal tese não encontra apoio algum dentro do contexto bíblico. Aqui pretendemos não só esclarecer o fato de
que Lucas não era Cleópas, mas também edificar ao leitor, aprofundando-o no
conhecimento das Escrituras Sagradas, lhe dando assim maior compreensão do
contexto que esta sendo tratado neste estudo.
Vejamos a seguir algumas das evidências
que comprovam claramente porque o médico amado[3]
Lucas, não poderia ter sido o discípulo Cleópas.