segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Porque Cleópas não era Lucas?

Caminho de Emaús
Esta registrada no Evangelho segundo Lucas que após a ressurreição do Senhor Jesus, dois discípulos se dirigiam desconsolados para Emaús, pequena aldeia que distanciava cerca de 10.800 km de Jerusalém.

Na ocasião, enquanto caminhavam os dois discípulos, Jesus se aproximou de ambos e começou a acompanhá-los, e após ouvi-los conversando sobre os acontecimentos recentes (à crucificação e morte do Senhor), começou a dialogar com os mesmos, lhes mostrando nas Escrituras (desde Moisés até os profetas), que tudo o que ocorreu não foi conseqüência de um conluio, desqualificando assim Jesus como o Messias tão aguardado por Israel. Muito pelo contrário, o Senhor Jesus mostrou-lhes que todos os acontecimentos eram do propósito divino, um plano de redenção para salvar o pecador, formulado desde a fundação do mundo[1], anunciado por vários séculos, anteriormente, descrevendo que o Cristo deveria padecesser, sendo rejeitado pelo Seu povo e morto, para que entrasse em Sua Glória[2]

Jesus mostrou aos dois discípulos nas Escrituras, descrevendo que tudo o que havia acontecido dias anteriores era o cumprimento necessário das Escrituras Sagradas.  Estes dois discípulos efetivamente ouviram um dos maiores sermões que alguém poderia desejar repleto de teologia bíblica do Velho Testamento.  Tendo aquecido seus corações e curando-os das dúvidas de incredulidade a Seu respeito.

Nesta passagem do Evangelho segundo Lucas, é citado apenas o nome de um dos dois discípulos, o qual é “Cleópas”.  Cleópas é citado somente no Evangelho de Lucas, no capítulo 24, versículo 18.

Segundo alguns estudiosos, Cleópas era o próprio médico Lucas, autor do mesmo Evangelho.  Tal declaração não encontra nenhuma referência em todo o Novo Testamento, mas, ao contrário, há muitas evidências, tanto nas Escrituras Sagradas como em fontes seculares, que nos mostram que tal tese não encontra apoio algum dentro do contexto bíblico.  Aqui pretendemos não só esclarecer o fato de que Lucas não era Cleópas, mas também edificar ao leitor, aprofundando-o no conhecimento das Escrituras Sagradas, lhe dando assim maior compreensão do contexto que esta sendo tratado neste estudo.

            Vejamos a seguir algumas das evidências que comprovam claramente porque o médico amado[3] Lucas, não poderia ter sido o discípulo Cleópas.

...vós sois deuses... Pode um ser humano tornar-se igual a Deus?

São muitas as especulações a respeito destas passagens nas Escrituras Sagradas (Salmos 82.6; Isaías 41.23; João 10.34), e quase todas são interpretadas de forma equivocada, principalmente por seguimentos panteístas e entre outras seitas.  Afirmo isso com propriedade, porque após alguns meses de pesquisa (entre livros e sites) percebi que a maioria das pessoas que tentam “elucidar” esta questão não tem conhecimento “contextual” bíblico, e por falta de conhecimento “exegético” fere não só o texto, mas também, uma série de doutrinas bíblicas, e principalmente a que trata da humanidade do homem!

Os passos a seguir, para uma boa interpretação e entendimento dos textos bíblicos, serão através da leitura cuidadosa das passagens que tratam do assunto, da etimologia da palavra deuses, da exegese dos textos em questão e de alguns comentários bíblicos.

Iniciemos então com a leitura das passagens em questão as lendo nas traduções Revista e Corrigida (João Ferreira de Almeida) e King James:

Tradução Revista e Corrigida (João Ferreira de Almeida):

1º - “EU disse: ‘Vós sois deuses, e vós outros sois filhos do Altíssimo”, Salmos 82.6;

2º - “Anunciai-nos as coisas que ainda hão de vir, para que saibamos que sois deuses;”, Isaías 41.23;

3º - “Respondeu-lhes Jesus: ‘Não está escrito na vossa lei; EU disse: sois deuses’?”, João 10.34;

“O cego filho de Timeu” - Estudo Exegético


O nome “Bartimeu”

Bartimeu é na verdade uma junção de uma palavra grega e um nome. A palavra grega “Ben” (traduzida como “Bar”), significa “filho” ou “filho de”, indicando a paternidade de Timeu. É um estranho nome híbrido semita-grego com uma tradução explícita "filho de Timeu". 

Nos primeiros séculos da Igreja primitiva alguns estudiosos gnósticos viam nisto uma confirmação de que se tratava apenas de uma figura histórica, não real, mas, com um significado especial nesta história por ser, hipoteticamente, uma referência figurativa à obra "Timeu", de Platão, que traz os principais discursos cosmológicos e teológicos do filósofo e que trata da "visão" como origem de todo o conhecimento.



As Supostas Contradições


Há dois problemas contextuais nas passagens dos evangelhos sinóticos que destacam duas prováveis contradições, vejamos:

- O evangelho de Mateus relata que Jesus se encontrou com o cego filho de Timeu, quando entrava em Jericó, enquanto Marcos e Lucas relatam que O mesmo estava saindo no momento do encontro; 

- O evangelho de Mateus declara que eram dois cegos, enquanto Marcos e Lucas declaram serem apenas um;